Vejo todos os dias, inerte, calada e como cúmplice covarde, o sagrado sendo profanado. Animais mutilados e abandonados por idiotas e desequilibrados; madeireiros queimando criança indígena viva; monstros assassinos tirando das famílias o direito de conviver entre si e as obrigando a reiventar suas vidas tirando forças de onde nem sabem que têm; e enxurradas levando pontes, casas, anos de trabalho em prol do bem estar dos seus sem contar as vidas que vão para os ralos do descaso, da corrupção, da irresponsabilidade e da maldade pura.
Já denunciavam as Escrituras que a "natureza geme e sofre como dores de parto". Ao testemunhar a chuva caindo imagino as lágrimas da natureza descendo devastadoras.
E assisto calada ao espetáculo da destruição do templo da vida - a natureza - sendo violado e profanado.
Já dizia o filho do dono do mundo, daquele que tudo criou, que com apenas um sopro seria capaz de destruir em segundos o templo que levou tantos e tantos anos para ser construído.
Hoje presenciamos o sopro do descaso devastando com a mesma rapidez tudo que tem pela frente, como no Morro do Bumba, na Região Serrana e agora em Campos, a rica região campeã de arrecadação de royalties de petróleo.
Antes que seja tarde, penso ser necessária uma mudança de atitude mais do que urgente, nem falo mais sobre o profanadores, apenas, mas sobre os cúmplices também, nós que assistimos e nada fazemos. Penso ser necesária uma reparação urgente, um grande e real ato de desagravo.
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