terça-feira, 2 de julho de 2013

Poesia a quatro mãos





Escreveu versos soltos sobre a minha barriga. Leu-os em voz alta, deixando-me o queixo caído e os olhos entorpecidos...
Por vezes, me tirava para dançar e a música era somente instrumental. Nosso diálogo encaixava-se como uma luva na melodia...
Como cúmplices, apenas as taças de vinho. Não só testemunhavam tudo, como ainda colocavam mais lenha na fogueira...
Vestidos somente de avental, preparamos o cardápio inocente. O barulho da chuva acalentava o sono daqueles que, saciados, só desejavam agora sonhar com os anjos...