sábado, 7 de abril de 2012

Dia do Jornalismo - uma história de paixão e responsabilidades


Era ainda muito criança quando sonhei pela primeira vez em me tornar uma jornalista.
No início, parecia a ideia genial para satisfazer o desejo da menina de estar perto de sua paixão. O amor pelo futebol foi herdado do meu pai. Acho que encontrei no Flamengo a melhor forma de ser cúmplice do meu velho. Eu sabia tudo sobre o time, não perdia uma só partida e era inseparável do meu radinho de pilha. Que fórmula incrível a menina que eu fui descobriu para estar perto do homem mais importante de sua vida.
Quando fiquei mocinha, o presente que eu queria, era ir ao Maracanã pela primeira vez. E como foi inesquecível aquele Flamengo3x2São Paulo, de virada pelo Campeonato Brasileiro. Só que nessa altura, ao completar 12 anos, a paixão já era minha também. E mais do que uma rubronegra, eu era uma “Ziquista”. O Galinho de Quintino era o ídolo da minha vida. E a vontade de ser jornalista já não era mais apenas uma estratégia para estar perto do que gostava. Nessa ocasião, já era uma certeza: eu nasci jornalista.
Isso me exigiu adaptação. Precisava me preparar para o desafio. E foi uma mudança atrás da outra. E como eu crescia em paralelo com a minha vocação. Comecei a faculdade e logo, graças a uma prova, eu passara para aquele que seria, naquela altura, o trabalho ideal: a Rádio Globo. Da redação para o Departamento de Esportes seria um pulo. Mas, o caminho foi sendo trilhado para outra direção. Ainda como estagiária eu já atuava como profissional. Passei por várias editorias, menos de Esportes.

Entrevistei o Zico algumas vezes, mas, a essa altura, ser jornalista, já não era mais apenas uma escolha apaixonada. Ser jornalista era minha vida, o meu meio de subsistência e minha realização pessoal. A paixão pelo Zico continuava perfumando a escolha e as pernas ficavam bambas sempre que eu o encontrava. Mas a profissão era assunto mais sério agora, que envolvia outras paixões. E por algumas delas, fui obrigada a abrir mão dos rumos que eu traçara para mim.
Sonhava ajudar a mudar o mundo com meu jornalismo sério e sacramental. Imaginei-me nos lugares mais repugnantes, denunciando, retratando e buscando soluções. Queria fazer a diferença na vida das pessoas e do meu país. Mas, como fui educada pelo velho Seu Bebeto a ser responsável por minhas escolhas, me vi diante da condição de resignar-me e aceitar a vertente do jornalismo que, até então, era a que menos me seduzia. A liberdade da escolha, exige a responsabilidade das consequências.
Tenho orgulho de ter me tornado Assessora de Imprensa, de ajudar a divulgar empresas e projetos que para muitos fazem a diferença. Quantas famílias sustentadas graças a essas instituições e quantos projetos desenvolvidos que semearam esperança na vida de tanta gente. E, assim, fiz a diferença, principalmente, na vida dos meus três tesouros, que hoje são a minha razão , a minha meta, a minha causa, a minha recompensa... E, ainda, de quebra, graças ao suor do jornalismo que exerço, ainda pude fazer a diferença na vida do meu filho do coração, que hoje trilha por caminhos dignos e que me ajuda a por em prática o tal “amar ao próximo como a mim mesmo”.
Se eu amo o jornalismo? Se eu me orgulho da minha profissão? É meu sacerdócio, é meu ganha pão, é o meio sagrado do qual posso promover os sonhos dos que amo.... Se eu sou frustrada? Sou uma jornalista apaixonada que reverencia seu trabalho como quem está diante de um sacramento.

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