quinta-feira, 26 de julho de 2012

O tempo que ainda me resta

Eu conto a vida não pelo tempo que já vivi, mas pelo provável tempo que ainda terei (ou não). O Amanhã é uma fantástica invenção com a finalidade de motivar e servir de direção para a caminhada. A cada amanhecer, uma folha em branco para escrever um pergaminho. E o dever de escrever a melhor história. Se vou usar caneta, lápis, nanquim, pincel, tinta, lágrima, suores, gozo ou urucum não importa. Eu tenho que escrever enquanto ainda me resta tempo. E o que farei com as páginas escritas? Vou ler, devorar, me secar, fazer barquinho de papel, chapeuzinho de soldado, gaivota, pipa, bandeirinhas, rascunho no verso, reciclagem, escada para o céu ou forro para o chão do meu túmulo. Que meu pergaminho hoje tenha as cores desse céu que me lembra que estou viva e que a vida pode ser Azul, apesar de todos os lutos....

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